Maria Elizabeth Rocha assume presidência do STM e promete gestão disruptiva
Primeira mulher no comando da Corte em 200 anos, ministra defende inclusão e diversidade no Judiciário e nas Forças Armadas
Por O Brasiliense16 de April de 2025

A ministra Maria Elizabeth Rocha assume, nesta quarta-feira (12), a presidência do Superior Tribunal Militar (STM)com uma promessa clara: transformar a Corte historicamente conservadora em um espaço mais diverso e inclusivo.
Ao longo de dois séculos, o STM teve exclusivamente homens em sua composição. Maria Elizabeth rompe essa tradição e pretende usar sua liderança para abordar desigualdades de gênero no Judiciário e nas Forças Armadas. Em seu discurso de posse, a ministra deve reforçar a necessidade de ampliação da representatividade nos espaços de poder.
Inclusão como marca da gestão
Conhecida por sua visão progressista e por se posicionar de forma dissidente em diversas votações, Maria Elizabeth já adiantou que pretende compor sua equipe com um perfil inovador. A ministra deseja incluir em seu gabinete pessoas transexuais, neurodivergentes e migrantes, ampliando a diversidade institucional.
"Pretendo nomear servidores privilegiando todos os critérios de alteridade e de identidade: de gênero, orientação sexual, raça e pessoas com transtorno do espectro autista. Minha ideia é incluir e não alijar seres humanos", afirmou.
Além disso, Maria Elizabeth avalia a possibilidade de nomear uma servidora venezuelana, trazendo imigrantes para sua política de diversidade.
O impacto da nova liderança no STM
A chegada da ministra ao comando do STM não é apenas um marco simbólico. Sua atuação pode representar um novo capítulo para a Justiça Militar brasileira, historicamente fechada a debates sobre inclusão e modernização.
Com um histórico de decisões alinhadas à ampliação de direitos e ao combate à discriminação, Maria Elizabeth Rocha assume o posto com a missão de desafiar velhos paradigmas e abrir caminho para uma nova era de pluralidade na Justiça Militar.